Saúde
Iogurte não é tão saudável quanto parece, segundo estudo britânico
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O iogurte é um produto comercializado como alimento saudável, mas um estudo publicado no British Medical Journal é o mais recente indício de que esse laticínio pode ser um vilão para a saúde.
Na pesquisa, os cientistas descobriram que o teor de açúcar da maioria dos mais de 900 iogurtes analisados em supermercados do Reino Unido estava acima da média da nova recomendação dada pela Organização Mundial da Saúde(OMS) em 2015. Entenda:
Quantidade de açúcar em iogurtes
A pesquisa, realizada com iogurtes disponíveis nos supermercados do Reino Unido em novembro de 2016, tinha como objetivo examinar o teor de açúcar e nutrientes, principalmente daqueles cujo consumo é voltado a crianças.
Os pesquisadores analisaram mais de 900 iogurtes e descobriram que a quantidade média de açúcar em diversas categorias (como infantil, orgânica, com sabor, entre outras) estava bem acima da recomendada pela OMS (10 gramas de açúcar por porção de 100 gramas de produto).
Baixo teor de gordura?
Embora os produtos com baixo teor de gordura tenham menos açúcar e energia do que os iogurtes regulares, 55% deles tinham de 10 a 20 g de açúcar a cada 100 g.
Vale lembrar que para receber um rótulo de baixo teor de açúcar no Reino Unido, os produtos não podem ter mais do que 5 g de açúcar por 100 g de produto.
O pior tipo de Iogurte
Os iogurtes rotulados como “sobremesas” são os maiores vilões para a saúde, com o maior índice de açúcar: uma média de 16,4 g a cada 100 g.
Iogurtes gregos e naturais
Os iogurtes naturais e gregos tiveram teor de açúcar menor do que todas as outras categorias, mas tiveram índice superior à tolerância ideal (3,8 g/100 g) para a lactose.
Demais produtos
Iogurtes infantis, de frutas, sabores e orgânicos também estavam bem acima da taxa recomendada, principalmente os orgânicos (incluindo os com adição de frutas ou aromatizantes), que tiveram a maior média: 13,1 g/100 g.
Conclusão
Embora existam boas evidências de que o iogurte seja benéfico para a saúde, os produtos no mercado britânico variam amplamente no total de açúcares.
Poucos produtos, menos de 9%, tiveram qualificação de baixo teor de açúcar para rotulagem na frente da embalagem e quase nenhum na categoria infantil, apenas 2%.
Embora ainda não exista uma análise semelhante para produtos brasileiros, estes são dados alarmantes, afinal, elevados níveis de açúcar contribuem para obesidade, cáries e doenças cardiovasculares.